Expedições


Expedição Carnaval – Marumbi 06 e 07/03/2011 (Montanhismo - Nível: Pesado)
Domingo dia 06/03 10h00minh la estava eu na rodoviária esperando o expresso graciosa, tinha tanta gente indo para Morretes que consegui passagem apenas para 12:15. Cheguei a Morretes 13h40min e o próximo ônibus (circular) para o porto de cima seria apenas 16h40min, fiquei ali com o equipamento injuriado da vida por ter que esperar todo aquele tempo, mas não demorou muito chegou um nativo da região se oferecendo para racharmos o taxi.

14h20min já estava na estrada do Itupava iniciando a longa e intensa caminhada, a cada grupo de aventureiros que por mim passava o coração acelerava ansioso por chegar logo ao grande Marumbi. Ao fazer o cadastro na administração do parque foi dizer que tinha subido a montanha mais de dez vezes que já apareceu um doutorando em engenharia ambiental da UFPR (pesquisador de aspectos e impactos da erosão nos ambientes de montanha) para pedir ajuda na pesquisa que estava realizando, fiquei feliz em ter ajudado ao jovem doutorando e me inspirei para retornar as minhas atividades de inicio do meu mestrado. Após preparar o bivaque na área de camping caiu o “mundo”, choveu a noite toda, e que chuva, foi difícil dormir pensando que o bivaque poderia sair voando caso ventasse muito.


No dia 07/03/2011 segunda feira pulei cedo, 6h na madrugada tava tomando o café da manhã e fazendo minha leitura matinal antes de sair para o ataque aos 5 cumes, 7h solicitei a liberação na administração do parque para subindo a montanha, eles não viram problema em me liberar, afinal o dia parecia normal e eu um cara experiente e que estava prestes a me ferrar. Era 8:15 e já tinha chego ao cume do pico do Abrolhos, estava cedo de mais teria tempo suficiente para atingir os próximo 4 cumes “pensei comigo”, foi terminar de pensar começou a ventar muito forte, a essas alturas eu não iria mais desistir de fazer toda a volta no conjunto Marumbi estava determinado, mas começou a chover muito forte, meu animo já reduziu a um grande medo de descer aos paredões de rocha que agora viraram uma cascata (explicação para a erosão do trabalho do pesquisador do começo). Prossegui ao pico ponta do Tigre, a chuva acalmou e foi possível chegar ao grande e vazio cume Ponta do Tigre que não tinha nem um livro de cume para registrar meu nome, dali decidi voltar para a base da montanha, mas, quando cheguei nas rochas uma grande cascata havia se formado e seria impossível retornar pelo mesmo caminho sem um possível acidente, optei por continuar pelos outros cumes avançando até a trilha sul do Olimpo para então retornar em segurança a base da montanha.
Já era 10:30 e as pernas doíam e a barriga roncava muito quando atingi o ponto culminante do Gigante, não achei nenhuma graça, mal podia ver a trilha que me guiava rumo ao Olimpo. Sinceramente fiquei com um pouco de medo, se me perdesse, naquelas condições de tempo e de resistência do meu corpo, certamente poderia ocorrer uma fatalidade. 11:10 estava no magnifico e glorioso Olimpo (quem pratica montanhismo sabe do que falo) em meio a chuva e grandes rajadas de ventos, ao passar por alguns platôs sentia que se não prestasse as devidas precauções de segurança poderia ser jogado pelo vento nos paredões rochosos abaixo sem opção de volta.
Quando cheguei a aproximadamente 500m de altura no ponto da cachoeira dos Marumbinistas encontrei colegas montanhistas de São Paulo que tinham recém chegado de uma expedição na serra do Quiriri em Santa Catarina, ficaram pasmos ao me verem sozinho saindo do nevoeiro de chuva e muito vento, o rio também tinha enchido e quase fui arrastado pelas correntezas do rio. Compartilhamos de uma boa prosa de boas aventuras e outros encontros que tivemos também no PP, me despedi dos amantes das montanhas e continuei minha empreitada até a base que ainda estava a alguns km, foi andar um pouco já começaram os sintomas da hipotermia, eu estava completamente molhado a muito tempo, e ter ficado estático conversando por algumas horas me causou grande redução da temperatura do corpo.
As 13:40 cheguei na base exausto e sem forças, afinal o corpo não podia mais regular a temperatura corporal e fiquei debilitado e com capacidade apenas de chegar ao meu acampamento e me agasalhar ao máximo. Enquanto me recuperava do inicio de hipotermia fervia a agua para fazer o kit alcatra da liofoods, comida deliciosa de montanha vem liofilizada e precisa apenas ser acrescentada agua para ficar pronta. 15:30 lembrei que 15:45 passaria o trem que me traria de volta para Curitiba, nunca desmontei um acampamento tão rápido, minha mochila quase explodiu com tantas coisas socadas. Já fiz o trajeto Morretes X Curitiba de trem mais de 10 vezes, e todas as mais de 10 vezes o trem atrasava e adivinhem, nesse dia que eu quase tive um piripaque para desmontar o acampamento a tempo o trem passou pontualmente as 15:45, pensei, hoje não deve ser meu dia mesmo.
19:00 do dia 07/03/2011 eu cheguei de trem a Curitiba, a expedição Carnaval (solo) foi um sucesso, viva os esportes outdoors. Seja consciente, sempre que passar por ambientes naturais, leve seu lixo de volta a cidade, nunca deixe no local, precisamos preservar a nossa mata atlântica com tão rica em fauna e flora, teus netos merecem ter a mesma natureza que temos hoje. Prefira andar de bicicleta para preservar a natureza. Bons ventos amigos aventureiros de plantão, boa sorte ao amigo pesquisador do processo de erosão na agraciada cerra do mar e não posso esquecer-me de desejar muito sucesso nas expedições dos amigos de São Paulo que constantemente valorizam e nos acompanham no esporte em montanha do Paraná. AbRaÇo a todos.
Obrigado Deus pela natureza maravilhosa,
Josiel Diogo de Gois (Gois, Josiel Diogo)








Rapel na ponte de Araucária X Campo Largo – 27/02/2011 (Rapel- Parede 50mt artificial)

Hoje é domingo e ao passar sob a ponte de trem de Araucária, o coração parecia um turbilhão a centenas de km por hora. Não podia resistir à tentação de rapelar aquela ponte ali paradinha dando sopa.  Foram alguns minutos preparando o backup e todo o equipamento, logo era só se jogar ponte abaixo e curtir ao rapel radical. Desci com um pouco de medo a primeira vez mas logo já estava descendo sem medo e vergonha de ser feliz, o Marcos subiu até a metade do rapel e duvidou da capacidade de kn para suportar seu peso, depois de alguns segundos e ele já estava mergulhando ponte abaixo, foi 1,5h de rapel, e mais uma experiência emocionante para contar a nossos filhos e netos. Um abraço ao grande amigo Marcos e o Niltão (Papito) que compartilharam essa aventura comigo. Obrigado Deus pela saúde e disposição física que nos concede a cada dia de nossas vidas.

Josiel Diogo de Gois 













Boulder na cascata do Sitio do meu avô 2010











Caminho do Itupava 09/01/11




Marumbi 19/12/10 Abrolhos




Caminho do Itupava X Marumbi 12/12/10


Expedição ao Pico do Paraná 02/11/10


Anhangava 07/08/10

Marumbi 10/07/10


Caminho do Itupava X MArumbi 07/09/09